Ansiedade: quando a preocupação se torna um transtorno

18/09/2025

Entenda os sintomas da ansiedade, seus tipos, causas e impacto. Saiba reconhecer sinais e quando buscar ajuda médica especializada. 

Se você está lendo este texto, é provável que a ansiedade esteja interferindo na sua vida — e isso já é um passo importante: buscar informação de qualidade. A ansiedade é uma resposta natural do corpo e da mente a desafios ou situações de estresse, preparando-nos para enfrentar dificuldades. No entanto, quando se torna intensa, frequente ou persistente a ponto de prejudicar o cotidiano, estamos diante de um transtorno de ansiedade, condição reconhecida pela Organização Mundial da Saúde.

Os transtornos de ansiedade podem se manifestar de formas diferentes. Entre os mais comuns estão o Transtorno de Ansiedade Generalizada, caracterizado por preocupações excessivas; o Transtorno do Pânico, com crises súbitas de medo intenso; o Transtorno de Ansiedade Social, que dificulta a convivência em situações sociais; fobias específicas; e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que envolve pensamentos intrusivos e comportamentos repetitivos. Cada pessoa vivencia a ansiedade de maneira única, variando em intensidade, frequência e impacto na vida diária.

Globalmente, cerca de 4,4% da população mundial convive com algum tipo de transtorno de ansiedade, o que representa aproximadamente 359 milhões de pessoas em 2021. No Brasil, os relatos de ansiedade têm aumentado, especialmente entre jovens, de acordo com estudos recentes sobre saúde mental. Esses números mostram que a ansiedade é uma condição comum, que afeta pessoas de diferentes idades, profissões e contextos sociais.

A ansiedade surge a partir de múltiplos fatores. Genética e biologia, como predisposição familiar e alterações em neurotransmissores, interagem com experiências de vida, estresse prolongado, traumas ou perdas significativas. Determinantes sociais, incluindo desemprego, isolamento ou discriminação, também podem intensificar os sintomas. Fatores comportamentais e de saúde, como sono inadequado, uso de substâncias ou doenças crônicas, também contribuem. Essa combinação de elementos explica por que cada caso é único e por que compreender o contexto individual é tão importante.

Na avaliação clínica, o psiquiatra busca entender o histórico dos sintomas, o impacto no funcionamento diário, padrões de sono, alimentação e consumo de substâncias, presença de comorbidades como depressão, e possíveis riscos, incluindo pensamentos suicidas. 

Falar sobre sintomas de ansiedade, suas causas e impacto é essencial para reduzir o estigma que ainda envolve a saúde mental. Reconhecer os sinais, compreender suas origens e buscar ajuda qualificada são atitudes de autocuidado e coragem. A ansiedade é uma condição legítima de saúde, e você não precisa enfrentá-la sozinho(a). Informação confiável, acompanhamento profissional e apoio próximo são passos fundamentais para recuperar o equilíbrio emocional e a qualidade de vida.

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Nota importante: Este texto tem caráter exclusivamente informativo e não substitui avaliação médica individualizada.